Revolução das Máquinas?

“Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia” (Arthur C. Clarke, autor do conto The Sentinel, que deu origem ao filme 2001 - Uma Odisseia no Espaço).

Pois o último acontecimento do mundo da tecnologia parece mesmo que saiu de um filme de ficção científica. Um engenheiro de software do Google causou barulho ao afirmar, nos últimos dias,  que um sistema de inteligência artificial da empresa havia ganhado consciência, colocando os chatbots no centro das discussões. Blake Lemoine havia dito que a ferramenta de conversação LaMDA (Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo, na sigla em inglês), teria alma e consciência.

Após a repercussão da história, o profissional foi afastado do Google no início do mês de junho, mas a história parece que não vai terminar tão cedo. Em uma entrevista recente ao portal Wired, o engenheiro de software declarou que a inteligência artificial alcançou um nível tão avançado de consciência que contratou um advogado para representá-la.

De acordo com o engenheiro de software do Google, o LaMDA se tornou um ser senciente.

Entenda o que é o LaMDA

O projeto LaMDA (Language Model for Dialogue Applications, em inglês) é uma inteligência artificial projetada pelo Google e apresentada ao público pela primeira vez em 2021. Com um avançado sistema de aprendizagem, é capaz de engajar conversas naturais, adaptar sua linguagem e emitir opiniões, tudo com base nas interações conversacionais.

O LaMDA é, na verdade, um chatbot, ou seja, um software abrigado na nuvem. Só que muito além do que os bots comuns, o projeto do Google é um super cérebro composto por diversas redes neuronais artificiais, responsáveis por treinar a si próprias. Através de diálogos, consegue ir refinando suas respostas, identificando significados de palavras, prevendo padrões e se adaptando.

Dessa forma, o super chatbot do Google é capaz de criar respostas espontâneas e reconhecer o humor do seu interlocutor para adaptar suas respostas e criar uma interação fluida e dinâmica.


Para Lemoine, o LaMDA alcançou um estágio tão avançado que se tornou um ser senciente. Isto é, capaz de ter sentimentos e consciência da sua existência. O Google nega as afirmações de Lemoine e declarou que as provas apresentadas pelo engenheiro de software não são conclusivas. A inteligência artificial ainda não foi lançada publicamente.